Imprensa Oficial Graciliano Ramos anuncia lançamento de livros e coleções
Serão 30 obras reunidas em quatro projetos que demonstram a genialidade e versatilidade dos autores alagoanos
Clarice Maia
Para fazer parte do maior evento cultural e literário de Alagoas, a equipe da Imprensa Oficial Graciliano Ramos anuncia o lançamento de 30 obras, algumas delas inéditas, reunidas em quatro importantes coleções que refletem a diversidade da produção literária alagoana. O órgão está com investimentos na ordem de R$ 1 milhão para a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas.
Os investimentos foram feitos com recursos próprios e das parcerias com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), a Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal) e a Secretaria de Estado da Comunicação (Secom).
Uma coleção inédita reúne trabalhos de autoria feminina. Para o projeto Mulheres Extraordinárias, em parceria com a Secom, foram investidos R$ 300 mil. Ela engloba sete livros: Wa Jeun: sabores ancestrais afro-indígenas, escrito por Mãe Neide Oyá d’Oxum; Olho de Besouro, de Heliônia Ceres (1927-1999); Anil da cor do céu, de Anilda Leão (1923-2012); Razão Mutilada, de Edilma Acioli; Cor, som e sentido: a metáfora na poesia de Djavan, de Maria Heloísa Melo de Moraes; O Dom do Segredo - A negociação do Segredo Ritual nas Religiões Afro-alagoanas, de Larissa Fontes; e Em Pau d’Arco muitas flores – memória, território de parentesco e fronteira étnica, de Anna Kelmany Araújo. O livro Vida e obra de Jorge de Lima, de Povina Cavalcanti, lançado em comemoração aos 130 anos do príncipe dos Poetas, também é fruto da parceria Secom e Imprensa Oficial.
As coleções Raízes e Legado, fruto da cooperação com a Edufal e a Fapeal, têm como objetivo resgatar a memória e os grandes clássicos da literatura alagoana, por meio de 10 obras literárias, com investimentos de R$ 500 mil.
Raízes de Alagoas pretende resgatar obras consagradas que versam sobre a formação social, cultural e econômica do Estado, mas que estão ausentes dos catálogos de editoras comerciais. A coleção, lançada em 2019, já reúne 10 títulos. Em 2023, serão publicados mais seis novos livros: Geografia alagoana, ou descrição física, política e histórica da província das Alagoas, de Thomaz Espíndola; Alagoas em 1931, de Craveiro Costa; Os negros na história de Alagoas, de Alfredo Brandão; Escravidão nas Alagoas, de Félix de Lima Júnior; e Alagoas, de Lêdo Ivo.
Já a coleção Legado é nova, formada por biografias clássicas, escritas por autores alagoanos consagrados, sobre personagens históricos de Alagoas. Ela tem como objetivo promover a memória, por meio do resgate de histórias de personalidades com significativa contribuição para a política, a economia, a ciência e a cultura brasileira.
Fazem parte da coleção: O Visconde de Sinimbu – sua vida e sua atuação na política nacional, de Craveiro Costa; Ladislau Netto (1838-1894), de Abelardo Duarte; General de Gois Monteiro – o comandante de um destino, de Romeu de Avelar; Delmiro Gouveia – o Mauá do Sertão alagoano, de Félix de Lima Júnior; e O Barão de Penedo – a missão da palavra, de Ernani Méro.
Para a coleção do escritor Breno Accioly, foram investidos R$150 mil. Nela, são apresentadas quatro obras publicadas pelo autor ainda em vida: João Urso, Cogumelos, Os Cata-ventos e Maria Pudim. Também constam dois títulos que permanecem inéditos: Isabela e Pedras, de contos e romance, respectivamente.
Além dos livros presentes nas quatro coleções, no estande da Imprensa Oficial Graciliano Ramos será possível encontrar outros títulos que fazem parte do catálogo da editora. Alguns estarão com descontos promocionais.
Bienal
A 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas acontece entre os dias 11 e 20 de agosto, com entrada franca, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió, sob a organização do Governo do Estado e Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O evento, cuja expectativa de público chega a 400 mil pessoas, reunirá cerca de 40 palestras, 200 editoras e mais de 15 livrarias.