Imprensa Oficial do Estado de Alagoas

Poeta alagoano valoriza papel da Imprensa Oficial no fomento à produção literária

Governo de Alagoas celebra o Dia Nacional do Escritor homenageando quem mantém acesa a chama da literatura no estado

Bruno Soriano
Poeta alagoano valoriza papel da Imprensa Oficial no fomento à produção literária

O Dia Nacional do Escritor é comemorado nesta sexta-feira (25). E para celebrar a dedicação e o talento do escritor alagoano, além de incentivar cada vez mais o hábito da leitura, a Imprensa Oficial Graciliano Ramos se posiciona como uma das principais responsáveis por fortalecer o mercado editorial, reunindo um acervo com centenas de livros, sejam eles clássicos ou contemporâneos, escritos por autores nascidos ou radicados em Alagoas.

Poeta e professor universitário, Fernando Fiúza é um dos muitos escritores alagoanos que já tiveram livro publicado pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos. Ele destaca o papel da editora no sentido de permitir que cada vez mais pessoas tenham, efetivamente, a condição de publicar seus livros.

“A Imprensa Oficial é uma casa importantíssima porque auxilia muitos jovens escritores que não teriam chance de ver seus trabalhos publicados por qualquer outra via, descobrindo e fomentando talentos. Além disso, ela [Imprensa Oficial] reeditou obras importantes da nossa literatura, a exemplo de ‘Calabar’, de Lêdo Ivo. Exerce, portanto, um papel fundamental no sentido de valorizar a cultura alagoana”, atesta Fiúza, que começou a escrever poesias ainda quando adolescente, aos 13 anos de idade.

“O primeiro livro que li foi Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Mas minha primeira publicação saiu muito depois, quando eu já tinha 30 anos de idade, porque preferi aprimorar a minha escrita, sempre seguindo o conselho do poeta Manuel Bandeira, que lembrava a importância de o escritor ser paciente. Afinal, a poesia é um ofício que exige perseverança, além de investimento em si mesmo”, reforça o professor.

Fiúza, inclusive, revela ter se inspirado em outro alagoano, o também poeta Jorge Cooper. “Foi uma amiga quem me apresentou sua poesia. Eu ainda morava na França, por ocasião do meu doutorado. Ao retornar para o Brasil, tive o privilégio de me dedicar à publicação de ‘Jorge Cooper: poesia completa’, que reúne as cinco obras produzidas por ele e segue no ranking de livros mais vendidos da Imprensa Oficial Graciliano Ramos, o que me envaidece bastante”, ressalta.

Para Fiúza, ser escritor é uma vocação que perpassa quaisquer dificuldades, razão pela qual todos devem ser reverenciados continuamente. “É preciso persistir, mesmo quando não se tem perspectiva de publicação. No meu caso, enquanto poeta, é preciso estar atento aos sons das palavras, porque a poesia é uma ideia ritmada. Além disso, todo escritor precisa ter uma boa escuta e gostar de contar histórias. Ou seja, é preciso estar sempre atento aos detalhes. Por isso, parabenizo os escritores alagoanos pela bravura com que superam tantos percalços e, dessa forma, preservam a nossa rica literatura”, conclui o poeta.

Como adquirir um livro?

São mais de 200 obras destinadas a todas as idades, a exemplo da coleção “Coco de Roda”, que reúne 32 livros infantis de autores e ilustradores renomados. Há, ainda, clássicos como "Ninho de Cobras", de Lêdo Ivo, além da coleção “Mulheres Extraordinárias”, que é composta por sete títulos e reflete não apenas o empenho e a dedicação de escritoras alagoanas, mas também o reconhecimento do Governo de Alagoas.

Coleções como as de Breno Accioly e Romeu de Avelar também podem ser encontradas na livraria virtual (https://www.imprensaoficial.al.gov.br/antigo/loja) ou na sede do órgão, localizada à Avenida Fernandes Lima, no bairro Gruta de Lourdes, em Maceió-AL. Outra opção é manter contato com o setor comercial, por meio do número 82 3315-8346 (WhatsApp) ou pelo e-mail comercial@imprensaoficial-al.com.br.

Este ano, inclusive, a Imprensa Oficial já se prepara para mais lançamentos, por ocasião da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas – evento que acontece entre os dias 31 de outubro e 9 de novembro, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, tendo como tema “Brasil e África ligados culturalmente em suas raízes e ritos".